Um dos principais efeitos é a redução no volume de exportação de veículos produzidos no México para o mercado norte-americano.
“Uma vez que a queda acontece, o México vai enviar as unidades para outros países com os quais ele tem algum acordo comercial, como é o caso do Brasil. Muitos investimentos que seriam realizados no Brasil ou Argentina, deixarão de ser feitos para utilizar a capacidade ociosa das fábricas mexicanas, por conta dessa tarifa extra", diz Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.
A produção mexicana de 3,2 milhões de veículos para exportação direta aos EUA, segundo a Anfavea, deve ser reduzida nos próximos meses. A entidade acredita que o excedente será direcionado para outros mercados, especialmente aqueles que possuem algum acordo de livre comércio com o México — caso do Brasil.
"Com isso, investimentos que seriam realizados aqui e na Argentina deixarão de ser aplicados, para utilizar a capacidade ociosa que será criada no México devido ao aumento das tarifas", revela o executivo.
Para a entidade, os investimentos para a construção ou ampliação de plantas fabris na América Latina podem ser direcionados ao México, que terá parte das fábricas sem operar como operavam até 2024.